A cidade de Portalegre está de portas abertas para receber a Imagem de Santa Luzia peregrina. A equipe de Perigrinação, acompanhados da Imagem Centenária está prevista para chegar nesse dia 6, por volta das 16 horas.
A Imagem vai pernoitar na Capela de São José onde haverá missa e outros momentos de oração durante a visita de 16:00h até as 06:00h da manhã do dia 07 de novembro.
Durante o processo que compõe a Festa de Santa Luzia, existem varios momentos especiais e seus tocantes, a preparação é um periodo da Festa onde as devoções são apresentadas de forma singular mas do que anunciar. As comemorações a padroeira do respectivo ano é aquele momento onde a imagem da Santa visita os lares e as capelas, um momento reservado aos devotos que se reunem para fazerem seus pedidos, suas orações e renovar a esperança para o ano que está por vir.
Quem tem a oportunidade de participar de um desses momentos sai com a fé renovada e uma nova certeza da protenção e intercesssão da Padroeira de nossa Diocese. As informações são do blog paróquia de Portalegre.
A HISTÓRIA DE SANTA LUZIA
Entre nós Santa Luzia, na Itália Santa Lúcia, ou ainda Saint Lucy para os anglo-saxãos, todos estes nomes designam na hagiografia a mesma personagem: Lúcia de Siracusa, jovem virgem mártir e santa da Igreja Católica. Neste pequeno resumo da vida desta santa será utilizada sempre que possível a grafia portuguesa Luzia ao invés da original italiana Lúcia.
Luzia, italiana nascida na ilha da Sicília, mais precisamente na cidade de Siracusa no final do século III d.C., é celebrada nas festas católicas no dia 13 de dezembro, supostamente o dia de seu martírio. Além de padroeira dos Oftalmologistas, é também cultuada pelos armeiros, vidreiros, tabeliães, ambulantes, seleiros, empregadas domesticas, escrivães, alfaiates e tecelões. Ao devoto dá sua proteção contra as doenças dos olhos, contra as infecções em geral, as hemorragias, as inflamações de garganta, e ainda os protege contra o fogo. Em que pese a existência de mais cinco santas de nome Lúcia: uma chinesa, beatificada em 1909, e quatro italianas - Lúcia de Settefonti, Lúcia Bufalari, Lúcia Brocoletti de Narni, e Lúcia Filippini - a primeira e mais conhecida delas segue sendo a Santa Lúcia de Siracusa. Além destas santas homônimas acima, a história registra ainda a existência da Beata Lúcia, a Casta, da qual falaremos mais adiante, e cuja vida por circunstancias peculiares parece ter exercido alguma influencia sobre a lenda de Santa Luzia.
A LENDA
Corria o ano de 283 d.C. Apesar de já ter ultrapassado o seu apogeu, alcançado em 117 d.C. com o imperador Trajano, quando então reinava sobre 6,5 milhões de quilômetros quadrados, o Império Romano ainda dominava a cena política mundial. Após 200 anos de paz e prosperidade (27 a.C -180 d.C.) iniciados com Otávio “Augusto” e conhecidos como Pax Romana, havia se seguido um período de aproximadamente 100 anos politicamente muito conturbado, onde os imperadores eram eleitos e depostos pelas próprias tropas com muita rapidez. Esse período viu passar pelo trono do Império 29 imperadores; somente no ano em questão, de 283 d.C, foram três: Caro, Carino e Numeriano. Essa fase da história romana foi também marcada pelas perseguições aos cristãos, cuja religião não era benquista pelos imperadores. Apesar de já existir na época o papado - o Papa Gaio morreu justamente neste ano de 283 d.C – a Igreja só tinha força espiritual e não temporal ou política. Por isso mesmo, nesses primórdios do cristianismo, ser cristão era não somente ilegal como também extremamente perigoso, sendo preciso viver na clandestinidade, pois a descoberta significava aprisionamento e morte certa.
Fonte: http://jornaldeportalegre.br21.com/
